sábado, 24 de outubro de 2009

As estações das palavras

Não há rima que encante

Mais que a pureza de

Palavras aéreas, floridas,

Ternas ou melancólicas



Brancas nuvens passageiras

Melódicas odes vespertinas;

Primavera florida de arco-íris

Que mantêm alhures os dissabores.



Poemas sazonais,

Que não se importam com a forma:

Preocupam-se tão somente

Em seguir a moda da estação.



Se é verão,

As palavras movem-se

A altas temperaturas

E transpiram de emoção.



Se a primavera chega, então

Os grafemas ganham cores e formas,

E espalham no ar o seu perfume

Trazendo à tona a paixão.



Com o outono,

Vento, poesia e canção;

Há festa na natureza,

Junto aos frutos da estação.



Finalmente, o frio inverno

De ventos uivantes,

Ar pesado e sombrio

Que seduz com seu mistério gelado.



De estação em estação,

As palavras nascem e morrem.

Às vezes mudam de tom,

Mas permanecem imortais.



Ivânia Rocha.
Irecê/BA, 30/12/2002.

3 comentários:

  1. Poema muito bom msm gostei mto desses versos:

    "As palavras nascem e morrem.

    Às vezes mudam de tom,

    Mas permanecem imortais."

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  2. gostei do verão, quanto mais QUENTE, MELHOR!! kkk

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